quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Tudo o que eu quis, foi ouvir as batidas
dos nossos corações interpretadas pelos
pés e mãos em tambores,
escutar o som da vida em desconcertantes
palhetadas,
um belo poema gritado por um urso polar
Russo,
e claro desfrutar de um belo gole do que
a terra nos proporciona nos seus campos
mais belo.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Circus
longe dos aplausos dos artistas da estrada
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Pai
Já meu filho queriam que eu fosse um policial, um herói como na televisão.
Não alguém que vive entre rato e baratas.
O dia inteiro desinfetando aqueles cantos que ninguém vê,
porque é ali que eles vivem, no meio do lixo.
Eles estão se escondendo, tentam ser invisíveis e eu perseguindo-os e matando um a um.
O estilo de vida urbana nos afasta dos insetos,
como se eles fossem um erro da natureza e alguém tem que fazer o serviço sujo.
Toda vez que vou a igreja, acendo uma vela pelas pobres almas que levei.
E no final do dia quando chego em casa todo sujo e com o pão debaixo do braço.
Meu filho me recebe com um grande sorriso.
Ai eu vejo em seus olhos, quem realmente sou.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
mistoquente
"Entramos num elevador com um velho numa cadeira de rodas. Tinha uma enfermeira parada atrás dele.
O elevador começou a descer.
- Acho que vou morrer - disse o velho. - Não quero morrer. Tenho medo de morrer...
- Você já viveu o bastante, velho cretino! - resmungou meu pai.
O velho olhou, espantado. O elevador parou. A porta continuou fechada. Então percebi o ascensorista. Estava sentado num banquinho. Era um anão vestido num resplandecente uniforme vermelho com um boné da mesma cor.O anão olhou para meu pai.
- Cavalheiro - ele disse -, o senhor é um sujeito repugnante!
- Tampinha - replicou meu pai -, abra já essa merda de porta ou vou abrir é o seu cu.
A porta se abriu."
velho Buk
domingo, 9 de novembro de 2008
bom dia fim do dia
o sol ardia em vermelho quando refletia na água salgada que invadia as ruas. as vezes era um descontrole, o pavor. as vezes era um beijo, um eu te amo, e as flores caindo da mão sobre o corpo frio. copos e garrafas de vinho, e um brinde a morte. era só o começo do fim de nossas vidas.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
onde velhas botas andam sujas de lama
mas não se importam com a chuva na sexta
e segunda-feira é fim de semana.
me pergunto se de longe você me distrai,
no balcão uma dose se despede e não vai,
vai me dizer que não importa mais
o que vou tentar fazer, diz que já mudou de lar
e vendeu a tv (mas se pergunta pra que?)
a fumaça que invade o meu quarto agora
que me acorda e me faz reparar
o que há a minha volta
comprimidos, garrafas e algumas sobras,
é o que me sobra
e o que me sobra?
é te dizer que não me importo mais
o que vai tentar fazer, eu já mudei de lar
e levei minha tv (pra viver com você)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Por uma ameaça, acordo, sei o que quero
Quando não se está distante do querer, algo te faz parar, ir com cuidado, para quando chegar no final ... Não criar uma nova decepção. o mais novo drama, outra lamentação de como tudo poderia dar certo, e mais algumas paralavras escritas à lápis no recado com o telefone 0800.
O ponto de partida, o alvo e a meta.
A transformação, o decorrer da jornada, que as vezes não tao longa mas sempre nova, inesperada, inconstante...
O suor que escorre no rosto, e o sangue que se alinha às linhas da palma de minhas mãos, o constante calor que corre sob os ombros, a adrenalina e a falta de saliva compensada por um trago amargo de cachaça no copo plástico.
O Fim da etapa.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
o seu lado
- Cara, esse ano ta foda. Só passei três meses no Brasil, fico morrendo de saudade de tudo, de brigadeiro, de empadinha, ate dessa porcaria de salgadinho Torcida eu sinto falta, sinto falta de tudo. Mas e você, ta fazendo o que da vida?
- To morando junto com a namorada, vidinha de casado, tamo a seis anos juntos, só de boa. Agora sou professor, to dando aula na FATS e pego uns freela por fora, mas só os grandes. Trabalhar por pouco não da né.
Rafael começa a contar sobre sua vida no exterior, relacionamentos rápidos, vazios e as vezes pagos em lugares paradisíacos. E logo imenda.
- Fala pra tua mina me apresentar uma das amigas delas.
- Com certeza, mas então. Te falei que estou trabalhando com a ultima tecnologia em telecomunicações.
- Na Tony Stark ? ah, se tua mina conhecer uma loira demôro para me apresentar
- Vou falar sim com certeza, mas não era na faculdade não, foi uma vez eu fui num cliente e ai eu vi uma antena de XYTZ. Pô afinal eu ainda tô no mercado, e na tua empresa você não me arruma ?
- O ciclo te contratações só se inicia no ano que vem, mas se tiver uma vaga eu te aviso, voltando a falar da tua amiga.
- I é a namorada ligando, foi otimo tomar essa cerveja mas tenho que ir. Legal manter o networking, se rolar a amiga te aviso
- Fico no Brasil ate depois de amanha hein, se tua amiga quiser me liga no celular.
- Se a vaga rolar, me manda email. Abraço
domingo, 19 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
31 de dezembro
Ele não está mais em casa, então todos podemos ir juntos para nos separar, no meio da multidão e das garrafas já viradas e esquecidas na areia.
Os fogos estouram. Os champanhes também.
Minha caminhada segue em busca de qualquer camarada, encontro e desencontro um gole, aqui outro lá.
Encontro grupos, e parto.
O álcool já toma conta, e os pés encontram a poeira. Meus olhos a encontram, desenhando com os pés na areia fazendo desenhos circulares que a conectam com o céu, e nem a faz pensar no outro lado do planeta, o pensamento segue ao alto e não atravessa o oceano.
Ela gira e seus olhos que não encontram os meus, tento uma palavra ou outra, mas a atenção que chega a mim é apenas um sorriso que me deixa desconcertado, espero estático.
E claro, não perco tanto tempo, saio. Mais um gole.
Enquanto me sirvo outra se serve e olha a tentar me servir.
- Oi.
O telefone toca.
- Tchau.
Sigo, e encontro a asiática sem quase nada na cabeça, sento no jardim, as pessoas lutam ao amanhecer ao som de música eletrônica, correm. Correm, e sol nasce. Um beijo, um gole, e sigo de volta.
O vestido branco que girava desenhando a areia não está mais lá. Normal, as 09h30min não deveria estar, algumas latas, e o pé descalço no asfalto.
Todos em casa menos ele. Não vai mais voltar. O café amargo, e o sonho com os cabelos cacheados iniciam um novo ano. 2008.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Groupies
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Malvados
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Codigos II
<head>Amor</head>
<body>
<heart>Você</heart>
</body>
</eu>
<? print "Não importa a linguagem, para se entender a mensagem"; ?>
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
não reteram, nem retardaram nossos sonhos
Todo amanhecer é especial, respirar, sonhar e tambem… chorar.
Sorrir, cada vez que percebes a paixão…por existir ! hoje como sempre !
Automatas monitorando o proprio descontentamento sujeitos a mecanica rotina diária, pelo seu sustento !
E nos ousando viver somente de verdade.
Produzindo para gastar, esperando sermos senil…para desfrutar desperdiçando dias, semanas, meses, anos, entre estas muralhas que drenam a tua vida.
Estas muralhas por mais fortes que sejam, não reteram, nem retardaram nossos sonhos.